quarta-feira, 20 de abril de 2011

O nascimento da Esperança



Hoje acordei e pensei que seria mais um dia como outro. Mais um dia de tristeza!
Há muito tempo que o sol não reverbera em minha vida. Há muito que a lua se mostrou! O céu, que um dia fora azul, está negro; assim como eu estou por dentro.
Porém, prometi para mim mesmo que não sofreria mais; que não choraria mais. Mas não prometi que seria feliz! Só prometi que viveria por que meu corpo assim o quer, contrariando o desejo de minha alma.
Nunca mais terei momentos de alegria. A luz que me guiava fora apagada, planos destruídos, sonhos deixados ao longo desse monstruoso caminho que percorro. E quem fez tamanha maldade? Certo sentimento, que aparentemente é muito inofensivo, chamado amor!
Eis o maior erro do ser humano: amar! Amar além do que a alma suporta. E quando estamos reféns, cortam a meada que nos nutre desse tal amor. Acordamos rapidamente dessa utopia!
O sol de verão tornou-se uma gigante bola cinzenta.  As manhãs de domingo com gosto de preguiça tornam-se mais um indesejado dia de existência.
                  Isso!
Deixa-se de viver e passa-se a existir!
Porém, prometi para mim mesmo que não sofreria mais; que não choraria mais. Mas não prometi que seria feliz! Só prometi que viveria por que meu corpo quer viver, contrariando minha alma.
Mas ao acordar hoje vi que no céu escuro havia uma pequena mancha branca. No chão árido nascera uma pequena margarida; tímida, se mostrando aos poucos. A vontade de não mais viver, que eu tinha está se apagando!
O mar, que até então estava inerte, convida-me- com o bailar de suas ondas- a dar uma chance a vida.
A esperança começou a brotar...

                                                                 Jefferson Piaf