quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Júlia. Nunca é tarde para amar.(capítulo XIV)

                                 A viajem...
           (como em um conto de fadas: final feliz para os bons)

  
Chegou o dia da viajem de Octávio. Francy me ligou bem cedo, para me chatear. Ela estava aborrecida por eu não ter ido procurar Octávio. Agora o amor da minha vida estava indo embora e eu não fiz nada! Eu não contei nada a ela sobre a visita de Octávio, e ele não contou nada a Genny. Francy não desiste fácil. Ligou-me pela décima vez, falo sem mentiras:
- Oi Francy.
- Júlia, você tem certeza que não vai ao aeroporto? – ela falou enfurecida.
- De novo você com isso. Eu já falei que não vou a lugar algum, que droga!
- Você vai deixar o amor da sua vida ir embora Júlia?
- Vou. Problema dele. Boa sorte para ele!
- Deixe de ser covarde, por favor, venha! Venha como amiga.
- Eu já disse que não quero. Não insista.
- Está bem, você é quem sabe. Depois não se lamente de tê-lo perdido. Você vai morrer sozinha!
- Que morra! Melhor sozinha do que mal acompanhada!
- Tchau Júlia! Está impossível falar com você!
- Tchau Francy, pela Décima vez!
   Desliguei o celular para não ser incomodada novamente por ela. Eu tinha um monte de coisa para organizar, não podia perder tempo com as besteiras de Francy.
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O vôo estava marcado para 16hrs. Todos já estavam presentes. Octávio estava impaciente:
- Voo 174, com destino a Londres, embarque no portão dois D.     
- Meu filho, é seu voo.
- Ainda não mamãe. Está faltando algo.
- Como assim?
- Você saberá em breve. – Genny e Francy se olham sem entender o porquê de todo aquele mistério que Octávio fazia.
  Ele já tinha se despedido de todos, estava com um ar de tristeza, parecia que tinha se decepcionado com alguém. Perto do embarque, todo o aeroporto presenciou aquela cena inédita:
- Octávio! Espere-me... - vinha Júlia, juntamente com Ana, repletas de malas.
- O que ela está fazendo aqui Octávio? – Bradou a dama de ferro furiosa.
- Ela é quem faltava mamãe. – Júlia se aproximava. Beijou levemente os lábios de Octávio.
- Desculpa a demora meu amor. Um pequeno engarrafamento nos atrasou.
- Júlia, você me enganou! – Falou Francy aos risos.
- Você também me enganou Tavinho! – completou Genny.
- Aprendi a fazer surpresa com você mesma Francy. Eu combinei com Octávio que não contaríamos nada a vocês.
- Eu não acredito nisso Octávio. Como você pode fazer isso com sua mãe! – gritou dona Andréia.
- Mamãe, eu já sou bem grandinho para senhora dizer o que eu devo fazer. Seu filho cresceu, e já é um homem. Aaaah... Assim que chegarmos a Londres, irei me casar com Júlia!
- Mas Octávio... – Genny não deixou que ela completasse a frase.
- Nem meio mais mamãe! Deixe o Tavinho ser feliz!
- Não se destrói um amor verdadeiro dona Andréia. – disse Francy, feliz da vida.
  Dona Andréia não resistiu a tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. Desmaiou:
- Calma mamãe, está tudo bem!
- Está tudo bem nada meu filho, você não pode casar com essa aí...
- Essa aí é minha esposa mamãe, a senhora querendo ou não eu irei casar com ela.
- Eu te perdoo dona Andréia. Pode ter certeza que não tenho nada contra a senhora, pelo contrário, espero que um dia possamos viver em comunhão.
- Júlia, Octávio, vocês irão perder o vôo, já estão passando da hora.
- bem lembrado Ana. Vamos Octávio.
  Após uma rápida despedida das pessoas, entramos emocionados no avião. Até o pequeno Vittorio chorou, sem nem saber por que. Senti-me em uma nova vida. Um novo capítulo estava se iniciando. Estávamos começando do zero. Quando aquele avião pousasse sairiam dele uma nova Júlia e um novo Octávio. Um novo horizonte se abria.

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